Perdoe minha falta de cordialidade, mas tenho que admitir: não posso seguir ao seu lado com todas as verdades que carrego no peito; não posso entregar a história que delimita suas boas intenções sem invadir um pouco do espaço sagrado, onde vive sua auto-estima.
Sinto sua angústia em todos os momentos em que perturbo seu saber minucioso, aquele que está pronto para sair em campo, livre e faceiro, sem preocupar-se com as consequências da sua aparição, mas que se mostra oportuno quando é necessário ensinar um pouco de boa fé aos que caminham contigo.
O que seu saber ainda não aprendeu é que as verdades que passeiam soltas no seu constante verbal não são as mais concretas e sua diligência ainda não é absoluta, mas partida em vários fragmentos de meias esperanças, de meias versões e de meias histórias, todas inteiras em seus meios e em busca de um estado de plenitude.
Saber quem você é já é um começo, mas saber-se plenamente conhecedora de você, em um estado de verdade e encontro é perturbador. Descobrir as verdades incômodas que a perseguem através da sua genética e de todos os aprendizados que a moldaram até este ponto é um desafio, mas reinventar-se diante delas, criando outras verdades, ainda mais poderosas e absolutas, é transformador.
Fui! (Encontrar minhas verdades e redesenhá-las para que caibam na história que quero contar…)
1 Comentário para "Suas Verdades"
Minha nossa senhora das verdades