Ainda espero por seu sorriso, pelo abraço apertado e pelo olhar condescendente, cheio de afeto e concordância. Queria ouvir, ao menos uma vez, que eu estava certa sobre as minhas convicções. Queria poder admirar a passividade das suas ações frente à assertividade das minhas verdades, daquelas verdades que deveriam ser universais, se o mundo não fosse um lugar tão complexo para se viver…
Seria eu mais feliz, se pudesse andar livre ao lado dos meus iguais, todos com o mesmo pensamento e vivência; todos colocados dentro do mesmo universo mágico e dolorido que compartilho com as lembranças de uma infância especialmente desenhada para mim. E dentro dessa alma livre eu iria semeando minhas palavras com todas as exclamações possíveis e, claro, sempre ocultando as estrofes dos discursos dos outros que não combinassem com a melodia das minhas rimas, que estariam entre aspas ou entre parênteses providenciais…
Porque o mundo, com certeza, seria bem melhor se tivesse o mesmo tom para todas as peles e o mesmo estilo de roupa para um único armário. Esse seria o mundo ideal criado dentro da minha mente egoísta e cujas cicatrizes de desamor deveriam ser revestidas pelo pó da vergonha, já que não existiriam barreiras a serem ultrapassadas, em uma sociedade de um mesmo indivíduo sistematizado em vários “iguais”.
Mas o mundo não é do tamanho da minha prepotência, o “Mundo” é muito, muito maior, que os limites que eu insisto em impor aos outros habitantes desta mesma terra chamada vida. E por esse mesmo motivo, ele não pode ser unificado em uma única nação, com o mesmo hino e apenas um “perfil adequado”.
Fui! (Agradecer as enormes diferenças que me cercam e me ensinam…)
Diversidade
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